Capítulo 1 - Sete pecados - Ira

Galera, hoje eu estou trazendo uma grande novidade para o blog e torcendo os dedos para vocês gostarem. A Camila (linda e maravilhosa) abriu espaço no blog dela, para eu começar um novo projeto, que estou planejando há algum tempo. A partir de hoje, começarei a postar uma vez por semana um novo capítulo, adivinhem do quê? Meu livro (momento vergonha). Só que é claro tudo dependerá da resposta de vocês. Caso vocês gostem - eu espero que sim -, vou continuar a postar com essa frequência, mas caso não, ficará sem sentido né? Já que o blog é para agradar os leitores. Então, realmente espero o retorno de vocês, negativo ou positivo. Já digo que não sou especialista no assunto e o que lerão é apenas o que gosto de fazer no meu tempo livre, mas que não terá uma qualidade exímia, por isso SEMPRE estou aberta à críticas e sugestões. O livro está muito longe de estar no final, vou escrevê-lo praticamente junto com vocês, por isso não tenho o final fechado. A história já está toda planejada em minha cabeça, mas no decorrer, pode ser que algum personagem peça outro destino. Na verdade, a intenção é que seja uma série, então vamos ver onde isso vai dar. Espero que gostem! 

Sinopse: 
Uma criança criada para o ódio e outra para o amor.  Será que tudo o que elas podem esperar são os seus respectivos destinos, ou podem lutar para mudarem aquilo para o que foram criadas? Gula, preguiça, vaidade, soberba, ira, luxuria e avareza, todos alguma vez na vida, renderam-se aos pecados. A questão é quão forte você foi para sair de lá? No primeiro livro da série Sete Pecados descobriremos que todos nós temos algo ruim, mas também algo bom. Será que o próprio demônio algum dia já foi capaz de amar? Descubra como as duas irmãs gêmeas, Clara e Vanessa, lidarão com uma descoberta que colocará todos os seus valores em cheque.


Efésios 4
         26 Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira.
27 Não deis lugar ao diabo.

Sete pessoas. Sete Símbolos. Eu já conseguia identificar a postura de todos, apesar da intensa neblina. Eles pareciam sempre esperar algo ou alguém, com olhos brilhantes de raiva, que me arrepiavam. Os olhares cortantes pareciam direcionados a mim e um deles chamava mais atenção, por se tratar do único olhar conhecido. Eu sabia que seu pequeno porte e seus traços delicados, não eram espelho de sua personalidade, assim como sabia que aquela pequena mecha vermelha, que muitos achavam ousado, não era uma escolha, mas uma característica, porque ela nasceu assim. Com uma mecha cor vermelho sangue, no meio de uma negritude, que refletia em seus olhos, e particularmente, eu achava que refletia sua alma também. Ao contrário dos cabelos negros, ela tinha a pele mais branca do mundo. Para a maioria, Vanessa era como um anjo. Menos para mim. 

Estranhamente, hoje meu sonho dos últimos meses, possuía um som. Muito irritante, por sinal. Bem longe, tinha uma voz gritando meu nome como se o mundo fosse acabar, até que tudo começou a tremer. Aos poucos comecei a me desligar dele e abrir os meus olhos devagar, para me deparar com o meu maior pesadelo. Ela ainda tinha o mesmo olhar do meu sonho, mas nesse momento, talvez ele estivesse mais feroz ainda, se é que isso fosse possível. Droga.

- CLAAAARA! - grita a garota na minha frente, com os seus braços agarrando meus ombros e os sacudindo como uma britadeira.

- Ok, Van. O que você está fazendo no meu quarto? E gritando feito uma louca desesperada? - eu disse, porque tudo bem que ela aja feito uma louca todos os dias, mas daí entrar no meu quarto praticamente de madrugada, gritando sem parar, é mais do que como ela age normalmente.

Minha irmã gêmea me olhou com aqueles olhos de desprezo, o que estava dentro da minha normalidade de novo, e começou a revira-los.

- Dá para você tirar sua bunda gorda da cama, se não vamos nos atrasar - ela disse como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

Eu fiquei por um minuto sem entender, porque confesso ser meia lerda na parte madrugada do dia, principalmente quando sou acordada aos berros. Depois de um tempo, para me concentrar, comecei a tatear embaixo do meu travesseiro procurando o meu celular. Não tinha a menor chance de estar perdendo o horário. Eu conferi ontem quinhentas vezes o despertador, porque sei que sou dorminhoca mesmo, mas também sabia que hoje não perderia a hora de jeito nenhum. A noite passada o tinha posicionado estrategicamente para não correr esse risco.

Percebi o olhar impaciente da minha irmã, o retribui com um tanto faz e foquei meu celular. Maldição. A doida estava me acordando 5:00 horas da manhã.

Eu olhei irritada e percebi que ela já estava completamente arrumada e maquiada para o nosso primeiro dia na faculdade. Impecável como sempre.

- Só Deus sabe o motivo para você estar aqui no meu quarto me acordando esse horário, mas se você não der meia volta e sair daqui agora, provavelmente você vai ter que ir de ônibus, o que totalmente justificaria você já estar pronta.

Ela me olhou como se eu tivesse batido a cabeça, com a pequena hipótese de não dar lhe dar uma carona, o que só me fez pegar meu cobertor e o puxar para cima da cabeça. 

- SAI DAQUI AGORA! - gritei por baixo do cobertor com a maior força que tinha, o que não era muita. Acontece que não sou uma pessoa matutina e normalmente só começo a funcionar depois de um bom gole de café, o que a minha querida irmã não entendia muito bem.

Parece que finalmente ela ouviu a voz da razão, ou talvez tenha sido o medo de ter que ir de ônibus para o primeiro dia da faculdade. O importante é que escutei a porta do quarto sendo fechada e um pequeno resmungo sobre alguma coisa referente a eu ser uma idiota.

Até entendo o motivo da Van acordar esse horário, porque se eu tivesse metade da rotina dela para me arrumar, provavelmente deveria acordar às 4:00 da manhã, mas como não tenho muita preocupação em ser perfeita e o centro das atenções, eu não me preocupo. Prefiro mil vezes meu lindo sono.

Exatamente no horário, acordei e fui me arrumar, o que demorou cerca de cinco minutos, talvez? Eu não tinha muito que fazer, porque já tinha a roupa escolhida, que era o básico de sempre: um short (porque ninguém aguenta esse calor), uma camiseta com alguma estampa divertida aleatória e o meu velho e bom all star. Quando terminei me olhei no espelho e gostei do que via. Eu nunca fui deslumbrante como Van, o que nunca me incomodou, o importante era me sentir bem.

Lá embaixo escutei uma conversa cotidiana do Ricardo e minha mãe, que estavam discutindo sobre algum caso do escritório que eles trabalhavam.  Assim que sai do meu quarto, deparei com minha irmã saindo do dela também. Como sempre, ela parecia que estava preste a entrar em uma passarela, com uma linda e desconfortável saia lápis vermelha, uma blusa de um tecido fino branco e um salto alto, que possivelmente eu não conseguiria nem ficar em pé.

Ela me olhou de cima em baixo e me ignorou completamente.      


Desci as escadas correndo para tomar meu precioso café e encontrei minha mãe na cozinha preparando o seu e já pronta para trabalhar.

Minha mãe, diferente de mim, tinha aquela beleza de tirar o fôlego. A cor do cabelo dela era o mesmo do meu, só que mais brilhante e cheio de vida. Seus olhos eram mel e quase desafiavam a biologia. Eu nunca tinha visto ninguém com olhos daquela cor.
        
- Oi meu amor, tudo bem? - ela disse, com a mesma docilidade de sempre.  

- Cintia, já está quase na hora da irmos para a reunião com o representante da Confecção Brum. - meu padastro falou. Logo depois, ele reparou a minha presença no cômodo e veio me abraçar. Digamos que o Ricardo é daquelas pessoas que gostam de te abraçar para tudo. O que é meio irritante, porque a gente pode estar em uma conversa normal, que ele vem querer colocar sua mão no meu ombro, ou qualquer coisa do tipo.


- Clara, está preparada para o seu primeiro dia de faculdade? Você sabe que esse é um passo importante para sua vida e que a sua escolha refletirá por anos. - ele falou naquele tom que ele sempre usava para começar a dar alguma lição sobre a vida. 

- Estou sim, Ricardo. Obrigado pela preocupação! - eu agradeci mesmo que já tenha escutado essa conversa quase nas minhas férias inteiras.

- Vamos logo Clara! - chegou minha irmã com todo o seu ar de superioridade.

- Peraí, vou tomar meu café, você sabe como eu fico caso não tome. Você não vai gostar.

Ela sentou na mesa da cozinha e começou a escrever alguma coisa em uma folha qualquer, enquanto eu arrumava alguma comida para poder comer durante o dia e tomava meu café.

Peguei minha mochila, que estava um pouquinho pesada para o primeiro dia de aula, mas depois da faculdade tenho que ir trabalhar e de lá vou direto para academia. Então naquela mochila estava praticamente tudo que precisava para passar o dia.

- Então vamos Van, já que você está louca para marcar presença e montar sua nova corja.

Nota final: É isso então. O primeiro capítulo do meu primeiro livro - medo -. Agora eu quero saber tudo o que você acharam! Todo sábado espero vê-los aqui, acompanhando a minha história em?! As vezes vocês vão me ver nesse meio tempo por aqui também, com alguma resenha ou texto pessoal, que não vou deixar de fazer para o blog. 
Vocês gostaram da ideia? 
Capítulo 1Capítulo 2
Beijos, Bruna

Comentários

  1. Bruna gostei bastante da proposta do teu livro, e pelo primeiro capitulo eu super leria. Gostei do jeito desencanado da Clara. =) Aguardando os próximos capítulos.

    Blog Profano Feminino

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  2. Anônimo10/11/2014

    Eu aprovo. Gostei bastante! Só pelo início, achei legal e interessante. Estou ansiosa pelos próximos capítulos.

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  3. Adorei o jeito como você escreve e esse contraste das duas irmãs.
    Estou ansiosa para os próximos capítulos! :)

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  4. Bruninha, tá muito evoluida!! Parabéns amor, será que tu podia me ajudar a escrever uma história de ficção? Amei muito a tua.

    Beijinhoos

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  5. Interessante! Gostei da proposta do livro.
    Vou acompanhar sempre que possível! Sucesso! o/

    Livre Leve Livro

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  6. É dificil eu ter tempo de ler texto tão grandes... mas li a metade e super curti.
    Tem meu apoio pra continuar

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