Capítulo 2 - Sete Pecados - Ira
Se você chegou agora e ainda não sabe nada sobre meu livro, vou explicar rapidinho. Com o apoio da Mabel, eu posto, uma vez por semana, 1 capítulo. Se estiver interessado em conhecer e ler a história desde o inicio, clique aqui.
Sinopse:
Uma criança criada para o ódio e outra para o amor. Será que tudo o que elas podem esperar são os seus respectivos destinos, ou podem lutar para mudarem aquilo para o que foram criadas? Gula, preguiça, vaidade, soberba, ira, luxuria e avareza, todos alguma vez na vida, renderam-se aos pecados. A questão é quão forte você foi para sair de lá? No primeiro livro da série Sete Pecados descobriremos que todos nós temos algo ruim, mas também algo bom. Será que o próprio demônio algum dia já foi capaz de amar? Descubra como as duas irmãs gêmeas, Clara e Vanessa, lidarão com uma descoberta que colocará todos os seus valores em cheque.
Gente, fiquei super feliz por vocês terem gostado da ideia do livro e como prometi, aqui está o segundo capítulo. Eu estou tentando deixar eles menores para quem não está acostumado e não tem muito tempo para ler. Espero que se divertam com a leitura e se apeguem aos personagens, assim como eu.
O silêncio tenso no caminho para a faculdade
era quase palpável e para aliviar um pouco, liguei o som, que tocava a minha música favorita de todos os tempos, “Quase Sem Querer” do Legião Urbana.
Logo esqueci a presença da minha irmã e entrei no ritmo.
Após vinte minutos comigo cantando
como se estivesse em um show particular e de olhares raivosos direcionados a mim por Van, chegamos à
faculdade. Sabe aquele frio na barriga de chegar a um lugar que você não
conhece ninguém? Então, lá estava ele revirando a boca do meu estomago.
- Clara, será que você pode
fazer o favor de não parar na porta da faculdade? - disse a minha irmã em um
tom suplicante, o que é bem raro de se ouvir.
Eu pensei qual seria a razão
para o pedido dela, porque para mim não faz qualquer sentido alguém com o
salto que ela estava usando pedir para ficar longe do seu destino. Só que nem
deu tempo de matutar qual era a questão, pois logo Van esclareceu com a sua
arrogância aparente de novo.
- É porque não quero que os
meus mais novos futuros colegas me vejam descendo dessa carroça que você chama
de carro.
A olhei e cheguei à
conclusão que não era mais do que esperado essa sua atitude. É claro que a
menina que vive de aparência, não ia querer que seus súditos a vissem sair do
meu lindo e querido Fusca.
- É claro princesa, só me
lembre da próxima vez que você prefere uma carruagem, que um mero carro com quatro rodas e um motor. Ou talvez, eu deixe você vir de ônibus pelo resto do ano.
Estacionei o carro na vaga
mais próxima que consegui achar, que não era próxima o suficiente para me
satisfazer e desci do carro preparada para entrar nesse novo mundo.
A faculdade não era gigantesca, mas os
detalhes de seu único prédio, deixava qualquer um de boca aberta. Sua fachada
diferente de tudo ao redor, matinha aquela majestade dos século 18, no estilo
barroco, com aquela fachada visualmente dinâmica, que jogava com a liberdade da
forma e com os efeitos de luz e sombra. Era simplesmente de tirar o fôlego.
Logo nos primeiros passos,
escutei minha irmã me chamando. Ela veio até minhas costas e mexeu em alguma
coisa em minha mochila. Virei o meu rosto, para verificar o que estava
acontecendo.
- Tinha uma folha de arvore grudada na sua
bolsa, e estou fazendo o favor de tirar, ou você quer que eu deixe onde ela
estava? - falou desdenhosa.
Dei de ombros, pensando se
ela estava com febre, ou algo do tipo. Era mais fácil a Van colocar uma folha na minha mochila, do que tirá-la, mas milagres acontecem, não é o que
dizem por ai?
Ela então passou por mim e
saiu como se nunca tivesse me visto na vida. Vai entender né? Cada um com a sua
loucura.
E bem, lá estava eu, sozinha,
apavorada e meio perdida. Como é que eles acham que eu iria encontrar a minha
sala mesmo? Observei o aglomerado de pessoas a minha frente. Tinha um monte de
gente eufórico matando a saudade e contando todas as novidades das suas férias
para seus amigos, mas também havia alguns, como eu, que olhavam como se tudo
aquilo fosse demais para eles.
De longe, eu avistei um cara,
encostado na parede olhando para outro
lado. Eu certamente não conhecia ninguém ali, mas eu tinha a familiar sensação
que já o tinha visto em algum lugar. O observei mais atentamente e segui os
contornos do seu corpo magro, que mesmo sem eu jamais ter visto, sabia que por baixo de suas roupas
pretas, com certeza era definido. O cabelo dele era uma bagunça proposital
que combinava demais com o conjunto. Os fios eram num tom de castanho claro,
com as pontas compridas mais clara, e não é que ele me lembra aquele
ator que fez American Horror Story, como que é o nome dele mesmo? Ah, lembrei,
Evan Peters. Deve ser por isso que eu achava que o conhecia de algum lugar.
Enquanto estava nos meus
devaneios e observando quão pegável ele era, seu rosto virou em minha direção e
seus olhos se fixaram em mim. Quase desabei, provavelmente o teria feito se não
estivesse encosta no portão de entrada. Aqueles olhos, quase pretos, pareciam
sugar minha alma e eles eram os mesmo olhos de um dos sete que tenho visto a
meses, todas as noites. Neles continham a mesma raiva presente no meu sonho,
mas por um breve momento, os vi abrindo e liberando um leve alivio ao me ver.
Diferente de mim, que comecei a ficar cada vez mais tensa.
Diferente de mim, que comecei a ficar cada vez mais tensa.
Que capítulo lindo *0*
ResponderExcluirAguardando o próximo, a história tá incrível :3
mente-agridoce.blogspot.com