Lost in myself

Me sinto fria como pedra, estou perdida. Eu só queria achar o caminho de volta para casa, mas a neve se acumulou, se eu sair agora é perigoso o coração congelar, e cada dia é uma batalha nova, irônico, porque era sempre eu quem fugia quando avistava o caos. Terrível é ver essas pessoas todas prontas para se atacarem, como se pertencessem a gangues, como se viessem de mundos diferentes, quando viemos de um único lugar, por um único ser. Estar no meio disso me faz congelar, eu sinto menos de mim a cada hora.

As estradas dos corações estão todos cobertos pela neve. Eu queria poder salva-los e salvar a mim mesma também. Eu perdi minha essência, não encontro mais nada aqui. Estou procurando por algo que não posso achar. Estou no lugar que era seu, você me deixou em pedaços e se foi em paz.

Parece que vivo em uma noite constante, não há dia, não há luz. E a culpa também é minha. Parece que das coisas que compartilhávamos, essa foi a que restou.

Destino ou consequência? 

Não estava escrito assim na primeira versão dessa história, e eu podia jurar, que era eu quem a escrevia. De repente as coisas tomaram um caminho errado, uma estrofe obscura, cheia dessas palavras com espinhos que quando a gente lê, a alma se machuca e transborda pela porta que são os olhos.

Como essas.

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